Família

Família

Desde sempre a família foi, e certamente continua a ser, a base das sociedades humanas, com a união e a complementaridade dos dois sexos nas suas características muito próprias, mas merecedores de iguais oportunidades e direitos humanos básicos.

Contudo nem sempre as designações correspondem ao mesmo e por isso devemos desde já clarificar que negamos essa referenciação de “família” e “casamento”, para as relações que possam eventualmente estabelecer-se entre indivíduos do mesmo sexo, numa evolução anómala de comportamentos.

A união da família básica dos Pais e filhos prolonga-se para os outros familiares e assim, progressivamente, se estendem as relações de solidariedade, de amizade e de entreajuda, para os vizinhos mais próximos, seguindo-se depois as comunidades locais, regionais e o próprio País (embora nunca esquecendo a humanidade global da qual não deixamos de fazer parte). E tudo isto, no entanto, sem deixar de ter consciência de uma realidade bem descrita por Eça de Queiroz no seu livro “A Catástrofe e a Lei das Emoções”: estas são tanto mais intensas quanto mais perto de nós estão os outros e têm lugar os problemas que surgem. Mulheres e Homens sempre foram claramente diferentes não só morfologicamente e fisiologicamente, mas até sob o ponto de vista puramente emocional. O papel de cada um na família compete aos dois decidir com bom senso e no respeito mútuo das suas opções e capacidades, numa partilha solidária, mas sem esquecer o papel fulcral das mulheres no perpetuar da espécie humana pela maternidade, para a qual o homem contribui mas que nunca poderá concretizar. E ninguém pode honestamente procurar ignorar a relação intensa que se estabelece entre a Mãe o filho, até já durante a gravidez e o papel indispensável e mesmo insubstituível da mulher, sobretudo nas fases mais precoces do desenvolvimento e educação.

Só feminismo mal orientado pode querer a existência de cotas “mulher/homem”, na vida e no trabalho, cada qual devendo preferencialmente dedicar-se aquilo de que mais gosta e mais o satisfaz, mas sempre sem deixar de considerar que o essencial é a capacidade e a adequação para a função ou cargo a desempenhar e não o sexo.

Para a evolução normal de uma criança a estabilidade familiar é essencial, pesem embora eventuais problemas que possam surgir numa relação entre seres humanos individualmente diferentes, com as suas características e capacidades de conciliação próprias, mas não deixando de estar ligados pelo amor e conservando o seu sentido de respeito, responsabilidade e compreensão, bem como um sincero desejo de, através de um dialogo construtivo, procurar ultrapassar qualquer dificuldade ou contratempo.

António Gentil Martins OLY

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Família e Trabalho

Família e Trabalho

O tema central deste ensaio é o da complexa relação entre a vida familiar e a vida laboral.

Segundo os seus autores, as políticas de harmonização entre família e trabalho devem ter em vista, as mais das vezes em contracorrente com o que habitualmente propõem, um duplo fim: por um lado, superar a feminização tão divulgada da questão da conciliação em favor de uma abordagem de reciprocidade entre família e trabalho; por outro, fazer repensar de modo radical a maneira como hoje está organizado o trabalho nas empresas.

Defendem por isso que, tendo-se o mundo empresarial aproveitado durante demasiado tempo da fragilidade e da crise da família, aumentando as exigências colocadas a homens e mulheres sem contemplar o fundamental aspeto da sua situação familiar, é chegada a hora de «voltar a pôr as coisas no lugar». O modelo de ordem social que têm em mente preconiza que o mercado volte a ser verdadeiramente civilizado, como foi nos seus alvores, mas segundo modalidades concretas completamente novas, porque nova é também a realidade atual. Isto tendo sempre em conta que, numa economia de mercado civilizada, existe espaço - um espaço a que, para bem de todos nós, devemos atribuir a maior relevância - para a família.